Há filmes, cheios de prémios e óptimas críticas, que durante anos e anos se cruzam no meu caminho repetidas vezes em prateleiras de lojas de VHS’s (sim… anos e anos) e em videoclubes mas nunca despertam em mim qualquer interesse em os ver.
Run Lola Run (Lola Rennt, título original) é um deles. Lembro-me, desde quase sempre, da imagem, na capa da cassete, de uma rapariga a correr com cabelo vermelho alaranjado a esvoaçar, mas por qualquer razão nunca tive vontade de ver o filme. Talvez simplesmente porque a ideia que o título e o cartaz transmitem é obviamente a da história de uma rapariga a correr sem parar, o que não me entusiasmava de forma nenhuma.
No entanto, por ser uma ligeira fã de Tom Tykwer, resolvi que nunca seria uma ligeira fã se nem sequer tivesse visto Run Lola Run (1998). Então vi.
A pergunta para a qual inicialmente queria resposta era, claro está, “Afinal porque tanto corre Lola?”. Lola (Franka Potente) tem como missão desencantar uma generosa quantia em dinheiro, para salvar a pele do namorado envolvido em negócios de diamantes, em 20 minutos apenas. Por isso corre, corre e corre.
É um filme stressado e stressante, num bom sentido, que, com apenas 80 minutos de duração, nos cola ao ecrã do início ao fim. Gostei particularmente da imprevisibilidade, da visão de que tudo o que se passa no dia-a-dia de uma pessoa tem repercussões na sua vida (em pequena ou grande escala) e das referências a Vertigo de Alfred Hitchcock.
Vale a pena ver.
(Perdão por o post ser fraquinho. Para falar de filmes ou revelo tudo ou não revelo quase nada, não consigo ficar no meio termo. E entre uma hipótese e outra, acho preferivel não revelar quase nada. Fica só a sugestão.)
1 comentário:
Qual fraquinho, qual quê! Está óptimo, Nina! Gostei muito :D
Enviar um comentário